CRISE: Apesar de tempestades, chuvas estão abaixo da média em São Paulo

Foto: RKM Comunicações
As chuvas de verão que têm atingido São Paulo nos fins de tarde ocorrem em forma de pancadas isoladas, distantes do ideal para ajudar a elevar o nível dos mananciais, mostra o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Desde o início do ano, no Mirante de Santana, na zona norte, choveu 71 milímetros, sendo que a média histórica para o período é 130 milímetros.

No Sistema Guarapiranga, localizado na zona sul da capital paulista, a tempestade de ontem (12) foi significativa. A precipitação do dia chegou a 52 milímetros, o que ajudou a elevar o nível da represa de 39,2% para 39,8%. No mês, a pluviometria acumulada é 128,4 milímetros, volume dentro da média, já que o esperado para janeiro é 229,3 milímetros.

Com a falta de regularidade nas chuvas, porém, a precipitação na região do Sistema Cantareira, o principal no abastecimento de São Paulo, tem sido insuficiente. 

Apesar da tempestade que deixou ontem milhares de residências sem energia elétrica e fez com que dois córregos transbordassem na zona sul, não choveu no Cantareira. O nível desse manancial caiu de 6,5% para 6,4%. No acumulado, a precipitação está abaixo do esperado, pois choveu 49,2 milímetros desde o começo de janeiro e a média histórica chega a 271,1 milímetros.

Para que as chuvas ocorram de forma generalizada, é preciso que uma frente fria ou o canal de umidade da Amazônia chegue a São Paulo. A previsão é que, na próxima semana, a precipitação ganhe menos característica de temporais e fique mais consistente. 

No fim da tarde de ontem, um temporal deve atingir as regiões central e norte da capital paulista. No estado, a precipitação se concentra na região central. As tempestades deverão vir acompanhadas de granizo e rajadas de vento, alerta os meteorologistas. (AB)

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