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Foto: RKM Comunicações |
Quem nunca vivenciou uma situação
dessa? Ter que fechar o vidro do carro no calor 40 graus de Sorocaba por conta
de medo da violência, quando uma pessoa desconhecida aproveita o semáforo
fechado para pedir dinheiro? Essa é a realidade de muitas cidades grandes como
São Paulo onde, mesmo com o calor, os paulistanos precisam andar com os vidros
fechados porque um descuido e vai embora a bolsa, o celular ou até mesmo a vida.
E Sorocaba não está ficando atrás.
A cada dia, aumenta o número de população de rua tirando a tranquilidade do
sorocabano. Recentemente foi aprovada a lei que regulariza o trabalho em
semáforos da cidade (apenas para artistas de rua), mas algumas pessoas estão aproveitando dessa legislação e
atrapalhando o trabalho de quem realmente necessita, e quer trabalhar de uma
forma honesta.
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Foto: RKM Comunicações |
Nossa equipe de reportagem foi
abordada por um “morador de rua” no cruzamento da Washington Luiz com a Av. Comendador Pereira Inácio, e
registrou o momento em que ele andava entre os carros.
Questionada por nossa reportagem, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) informou que diariamente, das 8h às 22h, duas equipes multiprofissionais da Abordagem Social da Prefeitura de Sorocaba percorrem as principais vias e espaços públicos do município, principalmente a região central. O objetivo da secretaria é localizar, oferecer auxílio e ofertar os recursos disponíveis para atendimento à população de rua. O trabalho é realizado, inclusive, aos finais de semana e feriados, totalizando uma média de trezentas abordagens por mês.
Questionada por nossa reportagem, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) informou que diariamente, das 8h às 22h, duas equipes multiprofissionais da Abordagem Social da Prefeitura de Sorocaba percorrem as principais vias e espaços públicos do município, principalmente a região central. O objetivo da secretaria é localizar, oferecer auxílio e ofertar os recursos disponíveis para atendimento à população de rua. O trabalho é realizado, inclusive, aos finais de semana e feriados, totalizando uma média de trezentas abordagens por mês.
A Sedes ressaltou ainda que
a ação não trata de retirar pessoas em situação de rua, cujo conceito nada
mais representa que a limpeza, a higienização e a segregação. E que Durante a
abordagem, com um questionário em mãos, os agentes sociais da Secretaria fazem
o primeiro contato com a pessoa em situação de rua.
A ideia é obter o máximo de informações possíveis - como município de origem ou se possuem residência e família em Sorocaba; idade, se são dependentes de álcool e outras drogas; escolaridade, entre outras. Com isso, os agentes sociais conhecem como vivem essas pessoas, as causas de sua permanência na rua, as relações afetivas e as principais necessidades de cada um.
A ideia é obter o máximo de informações possíveis - como município de origem ou se possuem residência e família em Sorocaba; idade, se são dependentes de álcool e outras drogas; escolaridade, entre outras. Com isso, os agentes sociais conhecem como vivem essas pessoas, as causas de sua permanência na rua, as relações afetivas e as principais necessidades de cada um.
Na Abordagem Social, quando há
aceitação, essas pessoas são encaminhadas aos serviços da rede
socioassistencial, que é constituída de equipamentos públicos como o Centro POP
(Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), o CRAS
(Centro de Referência de Assistência Social), o CREAS (Centro de Referência
Especializado de Assistência Social), os CAPS (Centros de Atenção
Psicossocial), às UBS (Unidade Básica de Saúde), entre outros serviços próprios
e da rede conveniada da Prefeitura, como abrigos em ONGs e entidades
filantrópicas.
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Foto: RKM Comunicações |
Outra questão feita pela reportagem ao Poder
Público Municipal foi a situação de um senhor que vive
próximo as imediações
do Terminal Rodoviário e que, a cada semana, mora em uma calçada diferente, pois percebe-se que o carrinho de supermercado é sua casa porque lá dentro estão
seus pertences.
Perguntamos o que o Poder Público poderia fazer por esse cidadão e pelos cidadãos que passam de carro e ficam com medo da reação desse “morador de rua” quando os vidros são fechados?
Perguntamos o que o Poder Público poderia fazer por esse cidadão e pelos cidadãos que passam de carro e ficam com medo da reação desse “morador de rua” quando os vidros são fechados?
Para a Sedes, o que ela tem percebido quanto a essa situação, é a marginalização da pobreza, na qual as
pessoas sentem medo e insegurança ao se depararem com alguém sujo e mal
vestido, como se, por si só, este fosse um indício de que esta pessoa é um
bandido.
Já para a
sorocabana Lúcia Dias, motorista e que também não se sente segura com “moradores
de rua” nos semáforos, hoje, não se pode saber quem é bandido ou não. “A roupa
da pessoa seja ela limpa ou suja, hoje, não se pode definir se ele tem um bom
caráter ou não. Uma prova disso, são pessoas muito bem vestidas que são presas
roubando e tendo atitudes ilícitas’, disse Lúcia.
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