Reorganização escolar causa polêmicas e desavenças no meio político

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"Como podemos ser o futuro se não somos nem o presente? Essa é a frase de estudantes sorocabanos que estão lutando contra a reorganização escolar, proposta do Governo Estadual de  separar os alunos por ciclos a partir de 2016, que afetaria a rotina de mais de 300 alunos,  além do fechamento de unidades, sendo cinco em Sorocaba. 

Só na manhã da última terça-feira (24), mais seis escolas estaduais (EE Antônio Cordeiro, Parque das Laranjeiras, EE Roque Conceição Martins, no Jardim Guadalupe, e EE Elza Salvestro Bonilha, no Jardim Itanguá, EE Senador Vergueiro, na Vila Hortência, E.E. Professor Rafael Orsi Filho, no Júlio de Mesquita Filho e a EE Professor Genésio Machado, na Vila Santana) foram ocupadas por estudantes em Sorocaba. Os estudantes mostram cartazes com frases contra a atitude do Governador Geraldo Alckmin como, por exemplo, "Alckmin fala a verdade, educação nunca foi prioridade". 

No total já são mais de 20 escolas estaduais em Sorocaba e região ocupadas pelos alunos onde, a rotina da sala de aula com mesas e cadeiras, deram lugar a dezenas de colchonetes infláveis, lençóis e travesseiros. Devido a intensidade dos movimentos e a grande repercussão, há quem diz, que a ação  dos estudantes é totalmente partidária. Eles rebatem as "informações" e dizem que os movimentos são legítimos e que toda condução e decisão é exclusivamente deles. 
Arquivo pessoal - rede social

Nossa produção entrou em contato com a Deputada Estadual Maria Lúcia (PSDB), e a questionou em relação a votação do referido projeto do Governo do Estado, pois nos "bastidores políticos" o que se ouve, é que ela está na lista dos que votaram a favor da reorganização escolar. Por meio de sua assessoria recebemos o comunicação divulgado nesta quarta-feira (24), pela Assembleia Legislativa de São Paulo assinado pelo Deputado Estadual Fernando Capez, também do PSDB que diz:
"Considerando notícias infundadas que vêm sendo divulgadas pelas redes sociais sobre a reorganização escolar e eventual fechamento de escolas estaduais. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por seu Presidente, COMUNICA que jamais houve projeto de lei que tenha sido analisado por este Parlamento tratando de fechamento de escolas, tendo em vista que esta matéria é de competência exclusiva do Poder Executivo. Desse modo, é inverídica qualquer alegação responsabilizando este Parlamento por eventual fechamento de escolas no Estado de São Paulo, como lamentavelmente está sendo veiculado com o fito de distorcer a realidade dos fatos. A deputada também divulgou o comunicado em sua página em rede social. 

Os alunos continuam na luta contra a reorganização escolar e provas foram canceladas. A informação do cancelamento das provas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar  do Estado de São Paulo (Saresp) foi divulgada por meio de nota pela Secretaria da Educação. Nas unidades ocupadas, as provas seriam aplicadas na terça (24) e quarta-feira (25).


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